terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Hospital

E então entrei no Hospital, não como uma visita normal, mas como uma visita de sangue. Sabia que ia ver ali o meu sangue, mas sem alma, um sangue aguado.
Sem a vermelhidão do que nos torna conscientes.
E todo o Hospital é verde e calmo.
Com a enormidade das coisas impossíveis.
É assim aquele hospital quando temos lá alguém que amamos.
Esperamos o horror a cada esquina mas apenas temos árvores e folhas, num outono calmo. Como se fosse uma publicidade de um qualquer retiro espiritual.

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